Assisti um documentário sobre a ditadura
no Chile, especificamente sobre o cantor Víctor Jara.
Alguns anos atrás entrei em contato com
as músicas de protestos do Chile e aprendi algumas coisas sobre Víctor Jara,
Mercedez Sosa e outros.
São canções que mostram a situação de
penúria que vivia o povo Chileno. Campesinos morriam de fome, crianças e velhos
sofriam com a exclusão social imposta pelo Governo Chileno e a única forma de
mostrar ao mundo e a todas as classes sociais (sim, no Chile viviam pessoas com
muito dinheiro), cantores demonstravam suas dores e as dores do seu povo.
Quando Salvador Allende democraticamente
ganhou as eleições, prometeu acabar com a pobreza e imediatamente a extrema
direita, com clara infiltração de agentes americanos na mídia e controlando
vários meios de comunicação, levaram o caos para aquele país soltando que
Allende era comunista/marxista e iria acabar com o Chile.
Enfim, as forças armadas, com apoio bélico
dos EUA (inclusive o ataque aéreo no palácio onde Allende estaria foi destruído
por aviões americanos), tomaram o poder com o General Augusto Pinochet no
comando das forças armadas.
Allende foi morto (apesar da existência de
duas versões de sua morte), e o Chile foi dominado pelos militares.
O Estádio Chile, na época como era
denominado, hoje leva o nome de Victo Jara, foi palco dos mais terríveis atos
de crueldade com os seres humanos.
Presos estudantes, professores, qualquer
um que se encontrava no momento na Universidade Técnica do Estado, atual
Universidade de Santiago foram presos, torturados dentro do estádio que passou
a ser conhecido como um campo de concentração.
Victor Jara foi torturado, quebraram-lhe
as mãos, o rosto, e, por fim, depois de sofrer inúmeras torturas e atrocidades
do regime de Pinochet, encontraram seu corpo com mais de 44 impactos de balas.
Seus assassinos foram condenados apenas
43 anos após o assassinato do cantor.
Sua mulher, com 90 anos de idade, criou
a fundação Victor Jara.
Para visitar e conhecer um pouco mais da
história - http://fundacionvictorjara.org/sitio/