quinta-feira, novembro 08, 2007

O Brasil de hoje é fruto do golpe de 1964

O golpe militar de 1964 impôs não apenas 21 anos de ditadura, mas também o ambiente político e cultural que possibilitou – no período da “redemocratização” – ao neoliberalismo aportar com tudo no território brasileiro, estimulado pelas elites empresariais, saudado pelas classes médias e engolido pelos trabalhadores sem maiores resistências.

Em plena Guerra Fria, com o imperialismo norte-americano jogando pesado contra os blocos socialista e terceiro-mundista, o golpe interrompeu o processo de reformas de base articulado por lideranças trabalhistas com o governo João Goulart. As reformas faziam sentido no bojo do desenvolvimento industrial das décadas de 40 e 50, e representavam a justa cobrança dos trabalhadores no acerto de contas com o capital, especialmente para virar a página do atraso oligárquico.

Com o golpe, a experiência educacional transformadora foi duramente reprimida e todo o sistema passou a ser controlado de cima para baixo, com rígida vigilância. Tanto é que inúmeros professores e projetos educacionais foram banidos. Ao mesmo tempo acelerou-se o processo de privatização do ensino superior. Foram criadas as “fundações sem fins lucrativos” que enriqueceram tanta gente. As fábricas de diplomas ganharam status de faculdades e universidades. O sistema criado na ditadura permanece intacto, não apenas vigora até hoje, como é um dos pilares de formação e sustentação intelectual do neoliberalismo.

O projeto de reforma agrária de Celso Furtado, que o governo João Goulart ensaiava colocar em prática, previa a desapropriação de todas as terras ao longo das rodovias e ferrovias, de forma que se pudessem assentar rapidamente todas as famílias que quisessem trabalhar na terra. O golpe de 1964 abortou a reforma agrária e até hoje o Brasil não conseguiu resolver a secular questão agrária e nem criar um modelo para o desenvolvimento da agricultura familiar, a produção de alimentos e a proteção ambiental. Ao contrário, o Brasil agora convive com o latifúndio improdutivo e com o latifúndio do agronegócio – a concentração da terra voltada para a exportação (soja, eucalipto, cana e pecuária), altamente destruidora das reservas florestais, dos recursos hídricos e do meio ambiente.

Nem bem o Brasil saiu da ditadura militar, em 1985, e as elites brasileiras já estavam salivando para privatizar o patrimônio público acumulado nos anos de centralização e de estatização, quando os gestores do regime endividaram o País e o povo brasileiro com inúmeros projetos faraônicos. A ditadura acelerou a destruição da Amazônia com a rodovia Transamazônica e os projetos fracassados de colonização; a ditadura acelerou a destruição dos recursos hídricos com os projetos de grandes hidrelétricas; a ditadura acelerou a destruição cultural do Brasil com os seus projetos autoritários de educação e comunicações. O apoio da ditadura à TV Globo e às demais redes de televisão foi decisivo para “formar” gerações alienadas com a cabeça no consumo e no circo. O sistema de controle da informação e da cultura montado pela ditadura continua intacto até hoje – sob o domínio de alguns grupos empresariais e coronéis eletrônicos espalhados no território nacional.

Nem bem saiu da ditadura e ingressou no neoliberalismo, as elites brasileiras avançaram sobre os direitos dos trabalhadores, retiraram conquistas de décadas, investiram pesado nas “flexibilizações” e “desregulamentações” da legislação trabalhista e social, passaram a arrochar sistematicamente os salários, colocaram milhões na informalidade e multiplicaram várias vezes o exército de reserva – também chamado de desemprego estrutural. Isso só foi possível porque a sociedade brasileira moldada pelos 21 anos de ditadura apagou da memória e da história oficial as lutas feitas e as reformas sonhadas antes de 1964. Depois do último embate, nas eleições de 1989, quando as forças democráticas e populares foram derrotadas – em “eleições livres” – pelo neo-coronelismo apoiado pela velha imprensa empresarial e pelo aparato televisivo construído pelo regime militar, a resistência democrática e popular entrou em declínio, importantes setores da esquerda se renderam ou foram cooptados pelo modelo político-econômico, as propostas transformadoras e socializantes desapareceram dos sindicatos e das universidades. É nesse quadro que o movimento social ainda tenta se reerguer – com muita dificuldade.

Basta lembrar que toda a imprensa brasileira – com exceção do jornal Ultima Hora – apoiou o golpe militar de 1964, na defesa dos interesses dos fazendeiros, do capital industrial nacional e do capital estrangeiro। Da mesma forma, hoje, a grande maioria da imprensa brasileira defende ardentemente os postulados do neoliberalismo, apóia a entrada desenfreada do capital estrangeiro, o sistema financeiro concentrado em grandes bancos e a concentração da terra para o agronegócio. Os motivos de fundo para o golpe de 1964 constituem ainda hoje o programa em vigor das elites dominantes. Isso significa que o golpe de 1964 pode ser considerado completamente vitorioso, pois interrompeu de forma duradoura – há 43 anos – o que estava sendo ensaiado de transformações em favor das classes trabalhadoras. Desde então os trabalhadores não vivenciaram mais nenhum processo de reformas que pudesse mudar as estruturas do País. O Brasil é hoje mais capitalista do que já foi em toda a sua história. Com todos os problemas que esse sistema produz.


HAMILTON OCTAVIO DE सौजा




quarta-feira, setembro 26, 2007

Juíza é acusada de esbofetear professora em audiência

Uma juíza da comarca de Divina Pastora, em Sergipe, é acusada de
esbofetear uma professora durante uma audiência.

Segundo informações da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a juíza
Soraia Gonçalves de Melo deu dois tapas no rosto da professora Maria
Givanilde dos Santos por ter se indignado com uma passeata feita por
educadores.

De acordo com a OAB, tudo começou quando a professora foi presa por
determinação da juíza titular da comarca de Divina Pastora, Soraia
Gonçalves de Melo. Segundo informações da diretoria do Síntese
(Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do
Estado de Sergipe), a professora, que é líder sindical, participava de
uma passeata organizada pela entidade.

Durante a passeata, os manifestantes cobraram do chefe do Executivo o
pagamento de dois meses de salários atrasados. Também pediram um
posicionamento a respeito do problema do Ministério Público e Poder
Judiciário.

O sindicato informou que, terminada a passeata, a professora se
dirigiu ao Fórum para uma audiência já marcada anteriormente, com a
juíza. Neste encontro, a magistrada teria se mostrado indignada com o
ato dos educadores e determinado a prisão de Givanilde. Testemunhas
relataram que, depois de algemada, a professora foi agredida com dois
tapas no rosto pela juíza.

O caso, segundo informa a OAB, foi acompanhado de perto pelos líderes
do Sintese e pelo assessor jurídico do sindicato.

O fato foi motivo de pronunciamento na Câmara dos Deputados feito pelo
deputado federal Iran Barbosa (PT-SE). Ele anunciou que vai ingressar
no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Corregedoria do Tribunal de
Justiça de Sergipe com representação contra a juíza.

Reduzimos a miséria

Reduzimos a miséria

Artigo de Clóvis Rossi, na Folha:

"As crianças não têm o que calçar, vestem-se todos os dias com as mesmas roupas, comem carne, quando muito, uma vez por semana, dormem no chão sem piso de um casebre sem banheiro e brincam em um riacho de esgoto. Mesmo assim, não são miseráveis, segundo metodologia da FGV".

(...)

Nada contra festejar estatísticas agradáveis.

Desde que a festa não seja apenas um pretexto para esquecer que, por trás delas, ou apesar delas, o Brasil continua um país primitivo। Obscenamente primitivo.


Leia a íntegra

sexta-feira, setembro 07, 2007

Pitbull atack man

Pit bull ataca familia inteira


Alguns sites exemplos de ataques de caes, com mortes e lesoes corporais graves

PS 2 - Tenho aqui algumas fotos para a troca, já que você me deu endereços de sites onde rotweiler são abraçados, com ternura, por crianças deficientes. Antes de visitarEM estes sites, UMA RECOMENDAÇÃO A TODAS AS PESSOAS DE MAIOR SENSIBILIDADE: CONTÉM FOTOS EXTREMAMENTE CHOCANTES, DE CRIANÇAS GRAVEMENTE FERIDAS, NA CARA POR PITBULS E ROTWEILERS !!!!!

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http://www.smh.com.au/news/national/vicious-dogs-leave-children-in-hospital/2005/09/24/1126982269642.html
Lachan Livingstone 4 anos Ferido

http://www.unchainyourdog.org/news/060126MomTalks.htm
Cianna Crittenden 2anos Ferida

http://www.unchainyourdog.org/news/040428Child_Attacked.htm
Emily Stinnett 4 anos Ferida

http://news.scotsman.com/topics.cfm?tid=1500&id=11882007
Ellie Lawrenson 5 anos Morta

http://www.11alive.com/news/article_news.aspx?storyid=92290
Robynn Bradley 2 anos Morta

http://www.mothersagainstdogchaining.org/justindennisnews.html
Justin Dennis 4 anos Ferido

http://www.mothersagainstdogchaining.org/xavierthornenews.html
Xavier Thorne 2 anos Ferida

http://www.sfgate.com/cgi-bin/object/article?f=/c/a/2006/07/17/FAIBISH.TMP&o=0
Nicholas Faibish 12 anos Morto

http://www.cbc.ca/canada/story/2003/11/04/dogmaul_nb031104.html
James Waddell 4 anos Morto

http://sf.metblogs.com/archives/2005/06/pit_bulls_are_b.phtml
Annette Flores 8 anos Ferida

http://www.cbc.ca/canada/story/2004/12/28/dog-attack041228.html
Cody Fontaine 3 anos Morto

http://www.smh.com.au/articles/2006/07/20/1153166485402.html
Tyra Kuehne 4 anos Morta

http://img.dailymail.co.uk/i/pix/2006/08/georgebrown1_800x570.jpg
George Brown 4 anos Gravemente Ferido

http://news.bbc.co.uk/1/hi/england/1992079.stm
Leah Preston 5 anos Ferida

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Quinta-feira, Maio 31, 2007

05/07/07 - 9h - Pit bull furioso (solto para se acostumar com a empregada) ataca e mata menino de 3 meses no colo da avó, e comove Ipatinga

 Foto: Jornal Vale do Aço

Bebê de 3 meses foi morto por um cão pit bull, ontem, em Ipatinga, a 565 quilômetros de Montes Claros. A avó, Maria da Conceição Rocha Sad, de 53 anos, estava com o neto no colo, na varanda da confortável casa da família de classe média alta, quando o pit bull atacou. A avó ficou ferida no rosto. Os bombeiros encontraram a avó encurralada na área de serviço e tentando – desesperada – livrar-se do cachorro. “Não conseguimos passar da cozinha, porque o pit bull estava muito agressivo. Chamamos a PM, pois o pit bull estava em cima da senhora” - contou o capitão dos bombeiros. O pit bull - chamado de “Zé Pequeno” - subiu numa janela e, nesta hora, um policial atirou várias vezes e o matou. A avó foi levada ao hospital em estado de choque. O bebê teve parte da cabeça dilacerada pelas mordidas. O pit bull tinha 2 anos e meio e era criado pela família. Os donos decidiram soltá-lo para que se acostumasse com a nova empregada. No momento do ataque, o pai do bebê viajava para São Paulo e a mãe estava no trabalho. ( Nas fotos, o menino de 4 meses, seus pais, o pit bull morto a tiros pela policia e a placa que na confortável casa da família de classe média alta advertia para o perigo do cachorro).

O passado não é aquilo que passa, é aquilo que fica do que passou.   Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde)