quinta-feira, abril 25, 2013

Meio ambiente


Tanto se tenta preservar o meio ambiente, até com polícia e promotores de justiça especialistas, que permitem veículos com som fora dos padrões convencionais (por omissão ou por não saber que é prática de crime ambiental passível de multa em até 5 mil reais), empresários que não tratam o seu ambiente de trabalho com a necessária higiene coletiva (coletar entulhos e não deixar formar poças de água). As empresas e empresários são responsáveis diretos em manter um ambiente saudável em seus locais para evitar a contaminação e criação de focos de doenças ambientais. Tais como exemplo concentração de água parada para criação de aedes aegypti, o mosquito da dengue.
Ou mesmo municípios que não impõem sanções aos proprietários de terrenos sem construção, permitindo, com a omissão, acumulação de lixos e formação de insetos.
Os interesses na existência de um ambiente saudável devem ser convergentes e não antagônicos, como parece ser.
O patrulhamento pelo poder público municipal não deve ser feito somente em terrenos baldios, casas com águas acumuladas. O meio ambiente exige uma forma de patrulhamento ostensivo, primeiro didático, depois exercendo o poder de polícia e a mão séria da lei.
Empresas e empresários devem ocupar-se, todos os dias, de cuidar de seus locais de trabalho; pessoas devem cuidar de não juntar lixo; não jogar lixo na rua, nos terrenos. O lixo deve ser coletado corretamente e diariamente, depositado em ambiente previamente organizado para sua reciclagem ou compostagem.
Muitas vidas são perdidas com a omissão, muito se perde pelo desconhecimento da lei. Até por especialistas.

quarta-feira, abril 17, 2013

Refletindo


Ainda não sei se tinha vontade de ter muito dinheiro. Evidente que trabalho para ter dinheiro e viver bem, mas não sei se seria feliz ou infeliz. Falo assim em vista do que presencio todos os dias. Sob meu ponto de vista olho o mundo como em um reflexo no espelho. Se faço sei que respondo pelo meu feito. Aqui mesmo, sem ter medo de ter que pagar a algum santo ou mesmo a Deus. Outro dia li em algum lugar a respeito de uma pessoa que vivia uma vida muito simples, sem posses, mas era feliz. Trabalhava com um oficio simples e muito humilde, mas sempre sorrindo. Pensei que era uma vida boa que ele leva, mas com algumas dificuldades financeiras e algumas privações. Claro, se vejo o mundo do meu ângulo penso que algumas coisas fazem falta a ele, como faz a mim. Mas aquela pessoa me chamou a atenção e fiquei pensando muito nela, no seu modo de vida, nas suas dificuldades, ou facilidades encontradas sem se importar com um mundo cheio de dinheiro. Na mesma semana outro acontecimento paralelo a esse me chamou mais a atenção. A prisão de um rico que, por ganância, cometeu ilícito penal. 5 anos de prisão. Mas está a manter o seu patrimônio construído com a desgraça alheia. Fico aqui pensando: quanto custa a liberdade? Como ser livre se penso em ficar rico a todo instante? Não sei. Não chegaremos a nenhuma conclusão a não ser que a liberdade vale mais do que qualquer posição social. Principalmente a liberdade de bons pensamentos.

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

O Papa e a renúncia anunciada


Quando correu o mundo a renúncia de Joseph Alois Ratzinger muitos disseram: um covarde, um verdadeiro covarde. Hoje, depois de anunciar veladamente os motivos da renúncia, somente quem já passou ou está passando, ou sabe o que ocorre nos bastidores de muitas administrações, principalmente as religiosas, a busca desenfreada do poder. Meu total respeito ao Papa por ter renunciado e não curvado à hipocrisia, mentiras, ganâncias, dirigentes arrogantes que gostam de aparecer quando não tem que aparecer. Enfim, deveria ter renunciado antes para não sofrer com a hipocrisia do poder. E meu total desprezo a todos os dirigentes que, por ganância e hipocrisia, pisam nas pessoas para manter-se ou subir ao poder. Sabemos que a vida pública dessas pessoas é muito curta.




segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Hoje é carnaval


Interessante o tempo. Quando tudo parecia novo, vital, cheio de gás, o carnaval era esperado como se fosse acabar no outro dia que começou. Depois o tempo passou e o carnaval meio que perdeu aquele ânimo e começou a ficar envelhecido. Parece que ficou amarelo. Na verdade o carnaval é o mesmo. Ficamos amarelo pelo tempo e pela responsabilidade de não ter como sair da responsabilidade.
Hoje o carnaval é o tempo esquecido. Nunca percebemos o tempo chegar. É como na canção Hier Encore, de Charles Aznavour, “Ontem ainda eu tinha vinte anos; Mas perdi meu tempo a cometer loucuras; Que não me deixa, no fundo nada e realmente concreto; Além de algumas rugas na fronte e o medo do tédio; Porque meus amores morreram antes de existir; Meus amigos partiram e não mais retornarão; Por minha culpa eu criei o vazio em torno a mim; E gastei minha vida e meus anos de juventude; Do melhor e do pior descartando o melhor; Imobilizei meus sorrisos e congelei meus choros; Onde estão agora, meus vinte anos?”
É isso. Onde estão agora meus vinte anos? Em qual carnaval ficou?

terça-feira, novembro 13, 2012

Entrevista com o candidato



Como o Sr. analisa a advocacia no Paraná.
- Veja bem. Em Curitiba está tudo bem. Temos aqui todo amparo necessário para que os advogados sejam felizes e tenham o apoio da nossa entidade.
Mas e no Paraná?
- Bem no Paraná todo é outra história. Não dá pra cuidar de tudo e de todos, por isso vamos ver se dá pra atender as cidades maiores como Curitiba, São José dos Pinhais, enfim, as cidades metropolitanas precisam de apoio.
E o que pretende fazer com a arrecadação milionária da anuidade?
- Primeiro trocar minhas gravatas. Estão todas vermelhas de vergonha. Depois vamos arrumar a nossa sede em Curitiba e a sede campestre que serve aos advogados da região metropolitana de Curitiba. O saldo restante será gasto em viagens para Brasília, você sabe como é, precisamos muito de representação da OAB na região metropolitana.
O Sr. pretende manter as tradições da OAB?
- Sim. Nossas tradições são sagradas, por isso precisamos sempre nos manter informado e dar apoio a nossa região metropolitana.
Quantas cidades e subseções o Sr. conhece no Paraná?
- Conheço várias. Conheço Curitiba, região metropolitana e Ponta Grossa, fui um dia em uma audiência.



terça-feira, novembro 06, 2012

O espetáculo eterno


Não sei, mas olhando assim esse “nosso jardim” pensei logo no nosso quarto. Parece ontem. O cheiro. O ar. O armário antigo no canto. Uma mesa antiga no centro. Esse “nosso jardim” é o mesmo daquele que idealizamos um dia, sentados à sombra de uma palmeira. Não sei, mas olhando assim esse “nosso jardim” pensei logo naquela tarde. No estofado noutro canto. O quadro pintado em cima do estofado. Um disco antigo do Tom ainda parado no aparelho e outro do Chico encostado perto da parede. Era apenas um pedaço, que outrora chamamos espaço. Antes o cheiro de incenso. Hoje é sonho. O outro móvel no canto e um pano que desce, como cortina de um espetáculo eterno.

segunda-feira, outubro 01, 2012

As redes sociais e a corrupção


Ontem, depois de longo tempo, me vi envolvido com a Internet em uma certa rede social. Dela extrai “algo de mais”. Vi que muitos estavam a falar sobre um assunto muito em voga nesses dias: a corrupção. Percebi a postagem da foto de um Ministro do STF com a faixa da Presidência da República e epigrafado o seguinte: nesse eu voto para presidente.
Fiquei preocupado e ao mesmo tempo feliz em saber que um jurista de renome nacional pode ser escolhido para a Presidência da República, nesse tupiniquim país tropical.
Mas nada me deixou mais preocupado com o mesmo pensamento. Será que um jurista seria a solução para o nosso moreno território? Explico.
O problema da corrupção nesse país está na figura central dos chefes e, principalmente, muito além deles, nas figuras que cercam esses chefes.
A omissão dos chefes é uma das maiores causas de corrupção nos cofres do Estado. Não saber de nada é o que dizem. Quando pegam um subordinado com o dinheiro na cueca a desculpa é logo essa: foi ele, foi ele sim, e eu estava em viagem para bem longe do local do crime. Enfim, não sei ao certo ou se estou certo, mas nunca nesse país se viu tanto descaso com a vida do brasileiro (morre mais gente no Brasil em um dia normal do que em uma guerra qualquer) num verdadeiro genocídio estruturado pela incompetência governamental; nunca se passou tanto ao largo da honestidade do que hoje em dia. Nem me fale da melhor vantagem, ou maior vantagem que se levam em negociar com o Poder Público.
O Ministério Público, entidade que hoje representa a honestidade e retidão, se vê louco para tentar estancar a roubalheira institucionalizada; o Judiciário, atravancado de recursos protelatórios e Juízes lentos, se vê abarrotado de processos que nunca chegam ao fim; o Legislativo, meio que acéfalo, tenta se segurar, mas nunca consegue chegar a um denominador comum, abandona no meio das investigações, se interessar para a próxima eleição e o Executivo, atabalhoado de gente, urge e agoniza na falta de organização de suas estruturas, por uma questão de estratégia deixa assim que é melhor do que pior, motivo para uma maior corrupção, e por ai vai indo chegando até às nossas instituições que estando sendo vilipendiadas e abrigadas pelo cinismo e omissão de seus componentes, mas grassa a corrupção das cabeças aos pés.
Enfim, o que é bom pra você pode não ser bom pra mim, mas não tenho escolha, devo escolher o que deve ser bom pra nós.
Confesso: tá difícil.

O passado não é aquilo que passa, é aquilo que fica do que passou.   Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde)