
Polícia Militar usa pit bulls no combate a rebeliões
Agressivos, cães também são utilizados em perseguições e partidas de futebol
"Se o pit bull atacar, o efeito será desastroso: vai machucar, pois se comporta como em uma caçada", diz o coronel Mascarenhas
Ataque sem fim
O zootecnista Alexandre Rossi, especializado em comportamento canino, acha possível o uso da raça na polícia desde que bem treinada, mas diz que o pit bull tem dificuldade de parar um ataque.
"Se o pit bull atacar, o efeito será desastroso: vai machucar, pois ele se comporta como em uma caçada", confirma o coronel Mascarenhas.
Para Rossi, essa é grande desvantagem do pit bull em relação ao pastor alemão, ao labrador e ao rottweiler, raças usadas pela polícia. "O labrador é bom farejador, o pastor está sempre disposto a fazer atividades, e o rottweiler é inteligente. Mas todos podem ser agressivos. O problema do pit bull é que ele ataca até o fim."
Cada vez que um ataque de pit bull ocorre, o CCZ da capital vê explodir o número desses cães abandonados nas ruas. Em 2006, 352 pit bulls chegaram ao centro. Neste ano, eram 669 até domingo. "A maioria dos cães vai para a adoção", diz Elisabete, do CCZ. "Mas um pit bull não, por causa de sua índole." Mais dia, menos dia, eles serão sacrificados.
Procurado pela Folha para comentar o uso dos pit bulls pela PM, o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, não telefonou de volta.
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