Ainda não sei se tinha vontade de ter muito dinheiro. Evidente que trabalho para ter dinheiro e viver bem, mas não sei se seria feliz ou infeliz. Falo assim em vista do que presencio todos os dias. Sob meu ponto de vista olho o mundo como em um reflexo no espelho. Se faço sei que respondo pelo meu feito. Aqui mesmo, sem ter medo de ter que pagar a algum santo ou mesmo a Deus. Outro dia li em algum lugar a respeito de uma pessoa que vivia uma vida muito simples, sem posses, mas era feliz. Trabalhava com um oficio simples e muito humilde, mas sempre sorrindo. Pensei que era uma vida boa que ele leva, mas com algumas dificuldades financeiras e algumas privações. Claro, se vejo o mundo do meu ângulo penso que algumas coisas fazem falta a ele, como faz a mim. Mas aquela pessoa me chamou a atenção e fiquei pensando muito nela, no seu modo de vida, nas suas dificuldades, ou facilidades encontradas sem se importar com um mundo cheio de dinheiro. Na mesma semana outro acontecimento paralelo a esse me chamou mais a atenção. A prisão de um rico que, por ganância, cometeu ilícito penal. 5 anos de prisão. Mas está a manter o seu patrimônio construído com a desgraça alheia. Fico aqui pensando: quanto custa a liberdade? Como ser livre se penso em ficar rico a todo instante? Não sei. Não chegaremos a nenhuma conclusão a não ser que a liberdade vale mais do que qualquer posição social. Principalmente a liberdade de bons pensamentos.
"O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem-caráter, dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons". Martin Luther King
quarta-feira, abril 17, 2013
Refletindo
quarta-feira, fevereiro 13, 2013
O Papa e a renúncia anunciada
Quando correu o mundo a renúncia de Joseph Alois Ratzinger muitos disseram: um covarde,
um verdadeiro covarde. Hoje, depois de anunciar veladamente os motivos da
renúncia, somente quem já passou ou está passando, ou sabe o que ocorre nos
bastidores de muitas administrações, principalmente as religiosas, a busca
desenfreada do poder. Meu total respeito ao Papa por ter renunciado e não curvado
à hipocrisia, mentiras, ganâncias, dirigentes arrogantes que gostam de aparecer
quando não tem que aparecer. Enfim, deveria ter renunciado antes para não sofrer
com a hipocrisia do poder. E meu total desprezo a todos os dirigentes que, por ganância
e hipocrisia, pisam nas pessoas para manter-se ou subir ao poder. Sabemos que a
vida pública dessas pessoas é muito curta.
segunda-feira, fevereiro 11, 2013
Hoje é carnaval
Interessante o tempo. Quando tudo
parecia novo, vital, cheio de gás, o carnaval era esperado como se fosse acabar
no outro dia que começou. Depois o tempo passou e o carnaval
meio que perdeu aquele ânimo e começou a ficar envelhecido. Parece que ficou
amarelo. Na verdade o carnaval é o mesmo. Ficamos
amarelo pelo tempo e pela responsabilidade de não ter como sair da
responsabilidade.
Hoje o carnaval é o tempo
esquecido. Nunca percebemos o tempo chegar. É como na canção Hier Encore, de
Charles Aznavour, “Ontem ainda eu tinha
vinte anos; Mas perdi meu tempo a cometer loucuras; Que não me deixa, no fundo
nada e realmente concreto; Além de algumas rugas na fronte e o medo do tédio; Porque
meus amores morreram antes de existir; Meus amigos partiram e não mais
retornarão; Por minha culpa eu criei o vazio em torno a mim; E gastei minha
vida e meus anos de juventude; Do melhor e do pior descartando o melhor; Imobilizei
meus sorrisos e congelei meus choros; Onde estão agora, meus vinte anos?”
É isso. Onde estão agora meus vinte
anos? Em qual carnaval ficou?
terça-feira, novembro 13, 2012
Entrevista com o candidato
Como o Sr. analisa a advocacia no Paraná.
- Veja bem. Em Curitiba está tudo bem. Temos aqui todo
amparo necessário para que os advogados sejam felizes e tenham o apoio da nossa
entidade.
Mas e no Paraná?
- Bem no Paraná todo é outra história. Não dá pra cuidar de
tudo e de todos, por isso vamos ver se dá pra atender as cidades maiores como
Curitiba, São José dos Pinhais, enfim, as cidades metropolitanas precisam de
apoio.
E o que pretende fazer com a arrecadação milionária da
anuidade?
- Primeiro trocar minhas gravatas. Estão todas vermelhas de
vergonha. Depois vamos arrumar a nossa sede em Curitiba e a sede campestre que
serve aos advogados da região metropolitana de Curitiba. O saldo restante será
gasto em viagens para Brasília, você sabe como é, precisamos muito de
representação da OAB na região metropolitana.
O Sr. pretende manter as tradições da OAB?
- Sim. Nossas tradições são sagradas, por isso precisamos sempre nos manter informado e dar
apoio a nossa região metropolitana.
Quantas cidades e subseções o Sr. conhece no Paraná?
- Conheço várias. Conheço Curitiba, região metropolitana e
Ponta Grossa, fui um dia em uma audiência.
terça-feira, novembro 06, 2012
O espetáculo eterno
Não sei, mas olhando assim esse “nosso
jardim” pensei logo no nosso quarto. Parece ontem. O cheiro. O ar. O armário
antigo no canto. Uma mesa antiga no centro. Esse “nosso jardim” é o mesmo
daquele que idealizamos um dia, sentados à sombra de uma palmeira. Não sei, mas
olhando assim esse “nosso jardim” pensei logo naquela tarde. No estofado noutro
canto. O quadro pintado em cima do estofado. Um disco antigo do Tom ainda parado
no aparelho e outro do Chico encostado perto da parede. Era apenas um pedaço,
que outrora chamamos espaço. Antes o cheiro de incenso. Hoje é sonho. O outro
móvel no canto e um pano que desce, como cortina de um espetáculo eterno.
segunda-feira, outubro 01, 2012
As redes sociais e a corrupção
Ontem, depois de longo tempo, me vi envolvido com a Internet
em uma certa rede social. Dela extrai “algo de mais”. Vi que muitos estavam a
falar sobre um assunto muito em voga nesses dias: a corrupção. Percebi a
postagem da foto de um Ministro do STF com a faixa da Presidência da República
e epigrafado o seguinte: nesse eu voto
para presidente.
Fiquei preocupado e ao mesmo tempo feliz em saber que um
jurista de renome nacional pode ser escolhido para a Presidência da República,
nesse tupiniquim país tropical.
Mas nada me deixou mais preocupado com o mesmo pensamento. Será
que um jurista seria a solução para o nosso moreno território? Explico.
O problema da corrupção nesse país está na figura central
dos chefes e, principalmente, muito além deles, nas figuras que cercam esses
chefes.
A omissão dos chefes é uma das maiores causas de corrupção
nos cofres do Estado. Não saber de nada é o que dizem. Quando pegam um
subordinado com o dinheiro na cueca a desculpa é logo essa: foi ele, foi ele
sim, e eu estava em viagem para bem longe do local do crime. Enfim, não sei ao
certo ou se estou certo, mas nunca nesse país se viu tanto descaso com a vida
do brasileiro (morre mais gente no Brasil em um dia normal do que em uma guerra
qualquer) num verdadeiro genocídio estruturado pela incompetência
governamental; nunca se passou tanto ao largo da honestidade do que hoje em
dia. Nem me fale da melhor vantagem, ou maior vantagem que se levam em negociar
com o Poder Público.
O Ministério Público, entidade que hoje representa a
honestidade e retidão, se vê louco para tentar estancar a roubalheira
institucionalizada; o Judiciário, atravancado de recursos protelatórios e
Juízes lentos, se vê abarrotado de processos que nunca chegam ao fim; o
Legislativo, meio que acéfalo, tenta se segurar, mas nunca consegue chegar a um
denominador comum, abandona no meio das investigações, se interessar para a
próxima eleição e o Executivo, atabalhoado de gente, urge e agoniza na falta de
organização de suas estruturas, por uma questão de estratégia deixa assim que é
melhor do que pior, motivo para uma maior corrupção, e por ai vai indo chegando
até às nossas instituições que estando sendo vilipendiadas e abrigadas pelo
cinismo e omissão de seus componentes, mas grassa a corrupção das cabeças aos
pés.
Enfim, o que é bom pra você pode não ser bom pra mim, mas não
tenho escolha, devo escolher o que deve ser bom pra nós.
Confesso: tá difícil.
terça-feira, setembro 25, 2012
Direito Administrativo Brasileiro - Breves Conceitos
AUTARQUIA
Pode ser definida como sendo pessoa jurídica de direito público criada
por lei para a consecução de serviços públicos típicos da Administração[1],
ou “o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio
e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública,
que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e
financeira descentralizada” (inc. I, do art. 5°, do Decreto-Lei 200/67).
As autarquias somente podem ser criadas e extintas por lei e devem ser
operadas por decreto, que irá aprovar o regulamento e estatuto da entidade,
estabelecendo o seu efetivo funcionamento, segundo previsão constitucional
insculpida no inc. XIX, do art. 37 da CF.
Após a criação e implantação e seu funcionamento, os atos da diretoria
complementará a movimentação da
autarquia e a competência é administrativa e não política, pois não cabe às
autarquias fazer leis para aplicá-las, mas possuem capacidade de administrar. A
lei criadora estabelece direitos e poderes próprios, tornando ainda uma pessoa
jurídica de direito público com responsabilidade própria, não se subordinando
hierarquicamente à entidade que as criou.
O art. 19 do Decreto-lei 200/67, no entanto, determina que as autarquias fiquem
sujeitas à supervisão direta ou indireta do Ministro de Estado.
Os bens e rendas que devem compor o patrimônio inicial das autarquias são
formados pela transferência da entidade matriz e considerados patrimônio
público. O orçamento é semelhante aos das entidades públicas, adequando as
obrigações estabelecidas pela Lei 4.320/64 ao disposto no artigo 165, § 5° da
CF.
Com relação a vida funcional dos seus dirigentes e a investidura, deve-se
obedecer ao que ficou estabelecido na lei que criou a autarquia ou seu
estatuto. O regime jurídico dos servidores será o estatutário ou o
institucional, ou seja, a União, os Estados, o DF e Municípios deverão, no
âmbito de suas competências, instituir o regime estatutário e os planos de
carreira para seus servidores, podendo, ainda ser o regime misto. Exemplo:
atividades braçais podem ser contratadas para serviços públicos pela CLT. No
entanto, qualquer que seja o regime adotado, a ocupação de cargo ou função nas
autarquias deve ser por meio de concurso público. Os servidores das autarquias
são proibidos de acumular cargos remunerados, segundo se infere dos incisos XVI
e XVII, do artigo 37, da CF e § 1° do artigo 118 da Lei 8.112/90.
As autarquias podem ser classificadas: Nível federativo: federais, estaduais, distritais ou municipais. Objeto: autarquias assistenciais
(INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); previdenciárias
(INSS – Instituto Nacional do Seguro Social); culturais (UERJ – Universidade
Federal do Rio de Janeiro); profissionais ou corporativas (OAB – Ordem dos
Advogados do Brasil); administrativas (BACEN – Banco Central do Brasil);
controle ( ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica); associativas
(consórcios públicos). Natureza ou
regime jurídico: autarquias comuns
(estão sujeitas a uma disciplina sem quaisquer especificidades) e autarquias especiais (são as regidas
por disciplina especial. A característica específica dessas autarquias é a de
atribuir prerrogativas especiais e diferenciadas a certas autarquias)[2].
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O passado não é aquilo que passa, é aquilo que fica do que passou. Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde)